terça-feira, 5 de julho de 2011

Atividades de Alfabetização, Desenho e Livros Didáticos

Como estou realizando uma especialização em Alfabetização, minhas pesquisas agora tomam outros rumos. Além daqueles já inseridos nas minhas buscas, passei também a buscar material para a "Alfabetização". Encontrei um material muito útil, para aplicar na sala de aula. Espero poder colaborar com todas as profes que estiverem por aqui em busca de material.


"No Picasa do Google, há vários grupos (galerias) de alfabetizadores que utilizam o espaço para publicar imagens e fotos de atividades didáticas. São inúmeros livros completos, álbuns com desenhos para colorir, coleções com os primeiros passos da alfabetização e os mais diversos métodos a serem aplicados no ensino fundamental."

Coleção Tindolê, Alfabeto da Abelinha, A Mágica das Letras

Coordenação Motora, Dificuldades Ortográficas, Desenhos e Moldes


Redação para Crianças, Lápis na Mão ...

Ao navegar por essas e outras, repare que no menu direito da página principal há uma série de galerias vinculadas, trata-se de outros usuários que aproveitaram o Picasa para compartilhar os principais métodos de ensino do país."

Travessuras do Eusébio - Jornalista cria site para estimular criatividade infantil


Site de Literatura Infanto-Juvenil onde o leitor é o autor

Não poderia deixar de compartilhar este site maravilhoso onde nossos alunos poderão desenvolver suas habilidades de leitura, escrita e criatividade, além de muitas outras.
Confiram matéria abaixo, retirada do Portal Literal.

"Agora é fácil patrulhar os quatro cantos do Brasil. E muito mais se encantar pela imaginação. Lançado no mês de março, o site Travessuras do Eusébio é um espaço de interação entre os leitores e a magia de inventar. Toda semana, Eusébio, um tucano mágico, e a amiga Katarina, uma gaivota ridícula de tão magra, irão compartilhar as suas aventuras com uma galerinha na faixa dos sete aos onze anos.

Entre o postal para os amigos, uns caminhos embolados no labirinto ou uma caça às palavras, eles poderão exercitar a escrita e dar continuidade as danadices da dupla. Depois, é só enviar o texto de, no máximo 30 linhas, para o blog do tucano. A melhor versão da semana, escrita pelos leitores, sairá do blog para o site, direcionando a narrativa da jornalista Vanessa Aragão. O objetivo? Publicar um livro com as aventuras do tucano recortadas pelo olhar infantil.

A proposta de interagir com as crianças é uma estratégia da jornalista, especialista em Literatura e Cultura Brasileira, para dar um empurrãozinho a formação de novos leitores. E nada melhor do que buscá-los no seu ambiente preferido, a internet. (...)

“ Precisamos aproveitar o potencial da internet para tornar a leitura um ato mais prazeroso, com a ajudinha de personagens brasileiros”, explica a autora. No site, os leitores-escritores também poderão acompanhar o Eusébio em redes sociais, como orkut, facebook e twitter."

Fonte: Portal Literal
Site: Travessuras do Eusébio
Blog: Histórias do Eusébio
Jornalista Vanessa Aragão

Cartilha de Segurança na Internet

Estamos diariamente ligados ao mundo virtual e para navegarmos com segurança nada melhor do que esclarecer as principais dúvidas relacionadas a segurança no uso de computadores e redes e também o significado de conceitos e termos que são utilizados frequentemente na Internet.
A Cartilha de Segurança para Internet traz um guia para vários procedimentos e a postura que o usuário deve ter para garantir a sua segurança na Internet.

Veja o conteúdo da Cartilha:

Parte I: Conceitos de Segurança
Esta parte da Cartilha apresenta conceitos de segurança de computadores, onde são abordados temas relacionados às senhas, engenharia social, malware, vulnerabilidade, ataques de negação de serviço, criptografia e certificados digitais. Os conceitos aqui apresentados são importantes para o entendimento de partes subseqüentes desta Cartilha.

Parte II: Riscos Envolvidos no Uso da Internet e Métodos de Prevenção
Esta parte da Cartilha aborda diversos riscos envolvidos no uso da Internet e seus métodos de prevenção. São discutidos os programas que possibilitam aumentar a segurança de um computador, como antivírus e firewalls, e apresentados riscos e medidas preventivas no uso de programas leitores de e-mails,browsers, programas de troca de mensagens, de distribuição de arquivos e recursos de compartilhamento de arquivos. Também é discutida a importância da realização de cópias de segurança.

Parte III: Privacidade
Esta parte da Cartilha discute questões relacionadas à privacidade do usuário ao utilizar a Internet. São abordados temas relacionados à privacidade dos e-mails, à privacidade no acesso e disponibilização de páginas Web, bem como alguns cuidados que o usuário deve ter com seus dados pessoais e ao armazenar dados em um disco rígido.

Parte IV: Fraudes na Internet
Esta parte da cartilha aborda questões relacionadas a fraudes na Internet. São apresentadas algumas maneiras de prevenção contra ataques de engenharia social, situações envolvendo fraudes comerciais e bancárias via Internet, bem como medidas preventivas que um usuário deve adotar ao acessar sites de comércio eletrônico ou Internet Banking. Também é apresentado o conceito de boato (hoax) e são discutidas algumas implicações de segurança e formas para se evitar sua distribuição.

Parte V: Redes de Banda Larga e Redes Sem Fio (Wireless)
Esta parte da Cartilha discute implicações de segurança peculiares aos serviços de banda larga e de redes sem fio (wireless). Também apresenta algumas recomendações para que usuários destes serviços possam utilizá-los de forma mais segura.

Parte VI: SPAM
Esta parte da Cartilha aborda o conceito despam e os problemas que ele pode acarretar para usuários, provedores e empresas. Também são citadas técnicas de filtragem que podem ser utilizadas por usuários para tentar bloquear o recebimento de spams.


Parte VII: Incidentes de Segurança e Uso Abusivo da Rede
Esta parte da Cartilha aborda tópicos relativos a incidentes de segurança e uso abusivo da rede. São discutidos os conceitos de política de segurança, política de uso aceitável, registros de eventos e sistemas de detecção de intrusão. Também são discutidos os procedimentos relativos ao processo de identificação e notificação de incidentes de segurança.

Parte VIII: Códigos Maliciosos (MalWare)
Esta parte da Cartilha aborda os conceitos e métodos de prevenção para diversos códigos maliciosos (malwares), que são programas especificamente desenvolvidos para executar ações danosas em um computador. Dentre eles serão discutidos vírus, cavalos de tróia, spywares, backdoors, keyloggers, worms, botse rootkits.

Cheklist : Este checklist resume as principais recomendações contidas na Cartilha de Segurança para Internet. A numeração adotada neste checklist não possui relação com a adotada nas outras partes da Cartilha.

Glossário : Refere-se a um conjunto de especificações desenvolvidas pelo IEEE para tecnologias de redes sem fio.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Política de educação inclusiva

Os resultados do Censo Escolar da Educação Básica de 2008 apontam um crescimento significativo nas matrículas da educação especial nas classes comuns do ensino regular. O índice de matriculados passou de 46,8% do total de alunos com deficiência, em 2007, para 54% no ano passado. Estão em classes comuns 375.772 estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

Esse crescimento é reflexo da política implementada pelo Ministério da Educação, que inclui programas de implantação de salas de recursos multifuncionais, de adequação de prédios escolares para a acessibilidade, de formação continuada de professores da educação especial e do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) na escola, além do programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade. O propósito do programa é estimular a formação de gestores e educadores para a criação de sistemas educacionais inclusivos.

Em 2008, foi lançada a política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva e aprovada, por meio de emenda constitucional, a convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência. De acordo com a convenção, devem ser assegurados sistemas educacionais inclusivos em todos os níveis. O Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008, dispõe sobre o atendimento educacional especializado.

Inclusão Digital em Santa Maria-RS

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O Centro Marista de Inclusão Digital((CMID localizado na Nova Santa Marta, em Santa Maria/RS, compõe a Rede Marista de Educação e Solidariedade, agrega hoje várias iniciativas que promovem a inclusão digital, entre elas citamos o Recondicionamento de computadores, Metareciclagem, Robótica Livre e Telecentro.


O CMID integra também um convênio firmado entre Centro Social Marista (CESMAR) de Porto Alegre/RS e o Ministério do Planejamento, Gestão e Orçamento.

Recondicionamento de Computadores

O Recondicionamento de Computadores é feito através de doações realizadas por empresas e pessoas fisicas do município de Santa Maria/RS e região, os quais são utilizados na montagem de telecentros em comunidades onde o acesso a internet e as tecnologias ainda não são uma realidade.

Robótica Livre

Na Robótica Livre, são utilizados peças e componentes de computadores que não podem ser mais utilizados e são descartadas no Recondicionamento de Computadores. São trabalhados conceitos de eletrônica, mecânica, física, entre outros. Os educandos são estimulados e desafiados a usar a criatividade para a criação de robôs com diferentes finalidades.

Metareciclagem

Na Metareciclagem estão os cursos de montagem e manutenção de computadores, onde componentes e materiais que não são aproveitados no Recondicionamento e na Robótica Livre são transformados em Arte.

A Metareciclagem também trabalha conceitos como o LTSP e soluções de reaproveitamento de computadores considerados obsoletos pela sociedade, numa perspectiva de aumentar a vida útil dos computadores e numa dimensão ecológica e de sustentabilidade do planeta.


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Educandos do CMID presentes no FISL 9.0

Telecentro

O Telecentro é um espaço em que a comunidade pode fazer uso da Internet, acessar e-mails, realizar pesquisas e digitações de trabalhos dos estudantes da comunidade que não possui acesso a rede mundial em suas casas.

O CMID ainda oferce a comunidade local cursos de curta duração para capacitar os alunos na utilização de softwares livres utilizando Edubuntu, BrOffice, cursos de eletrônica básica, como edição de textos, planilhas e outros aplicativos utilizados normalmente em empresas e escritórios.

Essas iniciativas trazem uma perspectiva de inclusão para os moradores da Nova Santa Marta, fomentando a geração do conhecimento, além de visar o ingresso dos jovens envolvidos no mercado de trabalho.

Tecnologia a favor das pessoas portadoras de necessidades especiais

Tecnologia a favor das pessoas portadoras de necessidades especiais

A revolução digital também promove a inclusão de portadores de deficiências no mundo tecnológico.

As pessoas com necessidades especiais enfrentam inúmeras dificuldades em seus ambientes de estudo, trabalho e até mesmo lazer. Isto porque não conseguem se adaptar a muitas práticas do cotidiano, que envolvem a participação dos sentidos, habilidades e recursos que uma pessoa portadora de alguma deficiência muitas vezes não consegue desenvolver.

No entanto, felizmente, empresas e pesquisadores buscam facilitar a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho e, em geral, no convívio social. É uma maneira de reverter o quadro descrito acima, através da criação de novos produtos adaptados às necessidades do portador, como veremos alguns exemplos a seguir.

Como anda a situação no Brasil


De acordo com dados do Ministério da Saúde, 25 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência, ou seja, o número corresponde a 14% da população do país — sendo que 40% representam o grupo de deficientes visuais (parcial ou total).

Isso levou o governo a tomar providências e implantar melhorias nas cidades para trazer maior segurança e comodidade a esta parcela da população. Alguns municípios possuem ônibus especiais com bancos preferenciais, gravações e letreiros luminosos informando a próxima parada, e plataformas para acesso de cadeira de rodas. Outro exemplo são os dispositivos sonoros para avisar quando o semáforo fica verde ou vermelho.

Símbolo Internacional de Acesso

Outra maneira encontrada para prestar assistência aos deficientes foi a de garantir maior chance na disputa por um emprego ou por uma vaga nas universidades. O artigo 93 da legislação de 1991 assegura que empresas com 100 ou mais funcionários devem “preencher de dois a cinco por cento dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência”. Já as instituições organizadoras de concursos públicos devem destinar 5% das vagas ao grupo.

Além de facilitar a integração dos deficientes através da implementação das políticas afirmativas, bem como da adaptação de espaços públicos para que ofereçam às pessoas portadoras de alguma necessidade especial a possibilidade de participação nas atividades regulares dos demais cidadãos, o Brasil — como forma de incentivo — busca oferecer subsídios e isentar de alguns impostos as empresas de tecnologia que se comprometem a desenvolver produtos adaptados às necessidades daquelas pessoas. O Governo Federal faz isto também com o intuito de reduzir os custos de produção, para que, consequentemente, o produto chegue mais barato na mão dos consumidores.

No início do mês, o Instituto de Tecnologia de Software de São Paulo (ITS) assinou uma parceria com a TechAccess para desenvolver um computador com custo em torno de R$ 3 mil para o consumidor – incluindo hardware e software – adaptado às pessoas com nanismo, assim como deficientes visuais ou físicos.

Pesquisas em universidades brasileiras

As universidades brasileiras também assumem a responsabilidade de desenvolver projetos, visando o bem-estar dos portadores de necessidades especiais.

Linguagem BrailleA Universidade Federal do Rio de janeiro (UFRJ) trabalhou com o Ministério de Educação para criar o software gratuito MecDaisy, nomeado assim por ser baseado no padrão internacional Daisy (sigla em inglês para Sistema de Informação de Acesso Digital).

O programa permite a transformação de textos escritos para a linguagem oral, digitalmente narrados através de um sintetizador de voz. Ainda oferece a adaptação em caracteres ampliados, opção de impressão em Braille e descrição de figuras, gráficos e imagens presentes no texto.

Já pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) construíram o protótipo de um aparelho capaz de traduzir documentos e páginas da Internet diretamente para o alfabeto Braille, descartando a necessidade de impressoras especiais. A superfície do chamado dispositivo anagliptográfico exibe os sinais em alto relevo e funciona como uma espécie de teclado de leitura conectado com computadores e notebooks.

Gadgets em prol dos cegos


Em janeiro deste ano, o músico Stevie Wonder compareceu à Consumer Electronics Show para defender a inclusão dos deficientes visuais na revolução digital. Ele e outros defensores da causa declararam no evento que as empresas precisam levar em consideração as necessidades desse grupo, fabricando aparelhos com interface mais simples para atender o público em geral.

O alvo da reclamação é a nova onda de eletrônicos com tela sensível ao toque. Os botões de rádios e microondas podiam ser identificados através do tato, sendo fácil de utilizar depois que o usuário se acostumasse com o teclado. Ao contrário da navegação por menus do touchscreen que, por vezes, necessita que a pessoa esteja (de fato) vendo a tela para usar o aparelho.

Algumas empresas se preocuparam em simplificar o manuseio dos seus produtos em prol dos deficientes visuais. A Toshiba lançou há poucas semanas atrás o celular Tactility. O design do teclado foi projetado em alto relevo, com algarismos na linguagem Braille, e permite que o usuário amarre um cordão para usar o celular em volta do pescoço.

Celular Tactility da Toshiba

A Samsung já está desenvolvendo seu segundo modelo de celulares para cegos, ainda em fase de desenvolvimento. O primeiro, lançado em 2006, chegou a receber o prêmio no Industrial Design Excellence Awards (IDEA) no mesmo ano. O celular Touch Messenger possui uma tela que possibilita o usuário a escrever e receber mensagens de texto em Braille através dos 12 botões dispostos no teclado.

Celular Touch Messeger da Samsung

O novo modelo ainda está em fase de desenvolvimento, mas já podemos conferir imagens do protótipo. Ele oferece praticamente as mesmas funções do Touch Messenger, com o design semelhante ao controle remoto de uma televisão. A inovação fica por conta do sistema “Electric Active Plastic”, capaz de gerar um código em Braille na tela do celular.

Braille Phone da Samsung

Mouse ocular para deficientes motores

A Universidade Federal de Manaus (AM) e a Fundação Desembargador Paulo Feitosa investiram seis anos no projeto do software e hardware. O mouse ocular permite que portadores de necessidades especiais (tetraplégicos, distrofia muscular, doenças degenerativas) possam usar plenamente o computador.

São fixados eletrodos na região próxima aos olhos da pessoa, responsáveis por converter os movimentos em comandos do computador. O mouse é controlado através da movimentação dos olhos e uma piscada é traduzida com um clique. Para digitar textos, o usuário pode utilizar um teclado virtual. Confira uma entrevista com os pesquisadores do projeto no vídeo abaixo, saiba mais sobre como funciona o mouse ocular e como essa tecnologia pode ajudar milhares de pessoas.

Stephen Hawking

Stephen Hawking é o maior exemplo de que a tecnologia pode ser uma aliada para os portadores de deficiências físicas e motoras.

Considerado um dos mais consagrados físicos teóricos de todo o mundo, Stephen Hawking convive com uma doença degenerativa — e ainda sem cura — chamada esclerose lateral amiotrófica, que paralisa os músculos do corpo, porém sem atingir as funções cerebrais.

Stephen HawkingHawking, que não consegue movimentar voluntariamente sua musculatura, utiliza um sintetizador de voz para poder se comunicar com as pessoas, dentre elas, seus alunos. Pois é, por mais incrível que possa parecer e apesar de todas as dificuldades que enfrenta pelas suas limitações físicas, o cientista leciona na Universidade de Cambridge, instituição na qual ocupa o posto de professor lucasiano de Matemática, cadeira já pertencente a ninguém menos do que Sir Isaac Newton.

A cadeira de rodas de Hawking é adaptada com equipamentos para atender suas necessidades. Depois de perder o movimento dos dedos, o cientista encontrou outra maneira de se comunicar. Um dispositivo acoplado na armação de óculos e conectado ao computador permite que Hawking “digite” frases através de movimentos dos músculos da fase, direcionando o raio para as palavras que deseja escrever.

A fonte de energia para o funcionamento do computador também foi adicionada à cadeira de rodas. Além da fonte interna, foram acopladas baterias parecidas com as de carros, na parte de baixo da cadeira.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

A era das bibliotecas online


Projeto reúne acervo global num único site, disponível nas 6 línguas oficiais da ONU e em portuguêsfonte: O Estado de São Paulo (28.07.2009) Bruna Tiussu e Ana Bizzotto Até o Google deve ter ficado com inveja. Pela primeira vez na história, um projeto pretende reunir num só portal livros, manuscritos, mapas, filmes, fotos e músicas do mundo todo. Como uma Biblioteca de Alexandria - a comparação é inescapável - dos tempos da web, a Biblioteca Digital Mundial (BDM) foi inaugurada em abril, com 5 mil itens. Entre eles estão, por exemplo, raridades como manuscritos científicos árabes, a Bíblia do Diabo sueca, do século 13, e a coleção de fotos de d. Pedro II. Tudo original e gratuito.

Coordenada pela Biblioteca do Congresso Americano em parceria com a Unesco e a Federação Internacional das Bibliotecas, a BDM está disponível nas seis línguas oficiais da ONU (árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo), mais o português. O Brasil participou por meio da Fundação Biblioteca Nacional, que forneceu 1.500 mapas e 1.200 imagens. "Recebemos o convite porque já tínhamos feito projetos com a Unesco e a Biblioteca do Congresso", diz Liana Amadeo, diretora de Processos Técnicos da fundação.
Segundo Abdelaziz Abid, coordenador da BDM, o portal teve mais de 7 milhões de page views e 600 mil visitantes só no dia da inauguração. "Acervo digital é um fenômeno global. As pessoas querem informações diferentes, disponíveis de forma ágil."
Para Liana, a época das pesquisas nas enciclopédias já passou. "Esta geração começa a utilizar as bibliotecas digitais. A próxima não vai saber como era possível viver sem."
Leandro Trindade, de 24 anos, aluno do último semestre de Ciências da Computação da UnB, nunca pisou em uma biblioteca para as pesquisas de sua monografia. "Trabalho principalmente com as bibliotecas digitais internacionais, que na minha área são muitas. Poderia ficar o dia todo falando das vantagens do acervo digital, mas as principais são: ele é portátil, acho o que quero rapidamente e não gasto papel em impressão. A informação tem de ser livre."
Outro defensor da informação livre, Rafael Silva, de 26, mestrando em Educação na USP, faz download de cinco a dez obras por semana, principalmente do site Domínio Público, criado pelo Ministério da Educação. Ele diz que os sites são vitais, porque a distribuição de livros no País é precária. "Precisei de um livro que estava esgotado desde 1981, tive que ir até Campinas para consultá-lo. E se o exemplar estivesse em Manaus?"
O Domínio Público cadastra cerca de 3 mil obras completas por mês. Segundo José Guilherme Ribeiro, responsável pelo portal, o trabalho é feito em parceria com 12 universidades. "A maioria do material vem digitalizado. A gente faz o trabalho de coletânea e montamos um banco de dados."
Os projetos de digitalização começaram a surgir no Brasil no início da década, para democratizar o acesso à informação. O acervo digital da Biblioteca do Senado, da Biblioteca Nacional e iniciativas de universidades inspiraram projetos como o da Biblioteca Brasiliana, lançada em junho. Parte do acervo - doado pelo bibliófilo José Mindlin - já está disponível na web. Mas a Brasiliana não se restringe ao virtual. Terá uma sede física na USP, com entrega prevista para 2010.

ACERVOS DIGITAIS :


Biblioteca Digital Mundial
www.wdl.org


Biblioteca do Congresso (EUA)
www.loc.gov


Biblioteca do Senado Federal
www2.senado.gov.br


Biblioteca Brasiliana USP
www.brasiliana.usp.br


Portal Domínio Público
www.dominiopublico.gov.br